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terça-feira, 14 de junho de 2011

Literatura árabe

Literatura árabe

A estrutura da língua árabe combina perfeitamente a harmonia das palavras com rimas e ritmos elaborados. A literatura mais recente conhecida aparece no norte da Arabia até o ano 500 a. C., era poesía que se recitava no alto, se memorizava e passava de geração em geração. Começou a ser recolhida até o final do século VII. Os poemas mais celebrados do periodo preislâmico eram conhecidos como os mu'allaqat ("os pendurados"), segundo dizem porque era considerados suficientemente destacados para ser pendurados nas paredes da ka'ba em Makkah.

Prosa:

O nascimento da prosa arábica como forma literaria se atribui a classe secretarial persa que serviu baixo o mando do califa Abbasid em Bagdag (750-1256). Ibn al-Muqaffa' (falecido em 757) se converteu ao Islam e traduziu trabalhos do persa clássico ao árabe. Se fez famoso por ser o autor de Kalila e Dimna, uma serie de fábulas didáticas nas que dois chacais ofereciam conselhos morais e praticos.

A origem da novela arábica moderna pode atribuir se a um largo processo de renascimento e assimilação, chamado em árabe la Nahada ou Renaissance. As características deste periodo são duas tendências diferentes. O movimento Neoclásico que buscava redescobrir as tradições literárias do passado e que foi influido pela literatura tradicional, como por exemplo a Maqama ou as mil e uma noites. E o movimento Modernista que começou a traduzir trabalhos ocidentais, principalmente novelas, ao árabe.

Autores de Siria, Líbano e Egipto criaram trabalhos muito originais imitando ao clássico maqama. O mais proeminente deles foi al-Mawilhi, cujo livro, The Hadith of Issa ibn Hisham, criticava a sociedade egipcia do periodo de Muhammad Ali. Este trabalho constitui o primeiro passo no desenvolvimento da novela árabe moderna. Esta tendência foi fromentada por Georgy Zeidan, um escritor libanês cristiano que emigrou com sua familia ao Egito seguindo as revoltas de Damasco de 1860. A principios do século XX, Zidan publicou suas novelas históricas por entregas no jornal egipcio al-Halal. Estas novelas eram muito populares, em comparação com os trabalhos de al-Mawilhi, por sua clareza de linguagem, sua estrutura simplse e a vigorosa imaginação do autor. Outros dois autores importantes deste periodo foram Khalil Gibran e Mihail Naima, ambos incorporaram meditações filosóficas em seus trabalhos.

Porém, os críticos litararios não consideram o trabalho dos quatro autores mencionados, novelas reais, e sim que consideram que são indicações da forma que deve tomar a novela moderna. Muitos destes críticos afirmam que Zind, uma novela de Muhammad Hasnin Heikhal, é a primeira novela em árabe, enquanto que outros apontam que é Adraa Denshawi de Muhammad Taher Haki.

Poesía:

A métrica que se usava a codificou al-Khalil bin Ahmad no século VIII e mudou muito pouco desde então. A métrica (wazn) se baseia em longitude das sílabas, mais que no sotaque. Uma sílaba curta é uma consoannte seguida de uma vogal curta. Uma sílaba longa é uma consoannte mais uma vogal curta mais outra consoante ou uma vogal longa. A nunação ao final da palavra também faz a sílaba longa. Na poesía arábica cada verso (bayt; abyat) está dividido em duas metades (shatr; shatrayn).

A rima (qalifa) está determinada pela última consoante da palavra. Nas palavras que rimam a nunação se omite porque algumas vezes é a vogal final. Quando a vogal final é fatha ("a" curta), tem que usar se cada vez que tenha rima, mesmo assim kasra ("i" corta) e damma ("u" curta) podem intercambiar se. Se uma vogal longa precede a última sílaba da palavra que rima, também formará parte da rima. De maneira semelhante, e o ("i" longo) e waw ("u" longa) são também intercambiaveis e não é alif (que se usa como "a" longa). Dado que as vogais curtas se consideram longas quando estam ao final do verso, as vogais curtas nesta posição rimarão com seus correspondentes longos; é a pronunciação e não a escrita o que conta.

O autor árabe mais destacável do século XX é Naguib Mahfouz, um prolífico novelista egipcio, dramaturgo e guionista que ganhou o premio nobel de literatura en 1988. Outros escritores importantes são Taha Hussein, Tawfiq al-Hakim e M. Hussein Heikal todos os do Egito que foram durante muito tempo o centro intelectual do mundo árabe.

Vários autores modernos surgiram no Magreb (norte da África) mas a maioria deles escrivem em francês mais que em árabe.

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