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domingo, 28 de novembro de 2010

Como funciona o Caveirão, o tanque de guerra do BOPE

Blindagem


O básico para qualquer veículo em campos de guerra é a existência de blindagem contra munição inimiga. É a blindagem que impede que os inimigos possam atingir os policiais que estão dentro do Caveirão, garantindo a segurança dos soldados em suas missões mais complicadas.
Chapas de aço balístico e mantas de aramida são os principais elementos da proteção. Quando o Caveirão está parado em confronto armado, escudos deste mesmo material são baixados sobre o para-brisa para evitar que o motorista seja atingido. A proteção garante que até mesmo tiros de fuzis antiaéreos sejam repelidos.
Seteiras
Nas partes laterais dos veículos, há também pequenas aberturas para que os policiais do Caveirão consigam atacar as frentes inimigas. Essas aberturas são projetadas para permitir que os soldados façam modificações mínimas na angulação das miras, contando com a capacidade de precisão dos homens e evitando que existam buracos para o ataque criminoso.

Para-choques destruidores
Dotados de aerodinâmica e angulações pensadas para destruir o que encontrar pela frente, os Caveirões podem percorrer longos caminhos sem reduzir a velocidade. Mesmo que outras carros estejam no caminho (geralmente colocados pelos bandidos para criar barricadas), eles podem ser facilmente transpostos devido ao para-choque pesado e blindado.
Proteção nos vidros
Além da blindagem na carroceria do veículo, os Caveirões contam com vidros de 56 milímetros. É lógico que toda essa proteção tem um preço: o peso. Os novos furgões podem chegar a pesar 13 toneladas, 13 vezes o peso de um carro popular que circula pelas ruas brasileiras.

Todos os vidros anexados ao veículo possuem também proteção contra luz, impedindo que quem está fora possa identificar os policiais que estão no interior do blindado. Mesmo assim os policiais possuem ótima visibilidade da região externa, o que garante mais possibilidade de acerto para os atiradores.
Pneus e rodas
Outra inovação do veículo é a pseudoblindagem dos pneus. São instaladas rodas secundárias, feitas de aço, para permitir que os soldados voltem para locais seguros. O Caveirão pode percorrer até 20 quilômetros a velocidades de 80 Km/h quando seus pneus principais estão impossibilitados de prosseguir.
Proteção antiminas
Importados da África do Sul, os novos Caveirões possuem uma ferramenta de proteção inédita para veículos policiais brasileiros. Trata-se de um sistema de proteção do casco inferior, garantindo que os soldados não sejam atingidos por fragmentos de granadas, bombas ou minas terrestres.
Mesmo que a cultura do crime organizado não utilize minas terrestres, é bom lembrar que a capacidade de atualização bélica dos traficantes é muito superior à velocidade conseguida pelo sistema de segurança brasileiro. Além de que um pouco de proteção a mais não será um problema.
Ar-condicionado
Com tanto metal, acaba acontecendo um isolamento térmico no interior dos Caveirões. Imaginando que até 20 soldados podem estar prontos para o combate, a temperatura lá dentro pode chegar a ultrapassar os 80 graus Celsius. Para garantir a integridade física e psicológica dos policiais, há condicionadores de ar na estrutura.
Câmeras de vigilância
Câmeras instaladas nos Caveirões permitirão que as operações sejam estudas posteriormente, garantindo mais fidelidade nos relatórios de atividades. Também será possível mapear as ações, buscando criar roteiros de ocupação mais detalhados, sempre no intento de garantir a segurança dos policiais e o sucesso das operações.

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