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sábado, 15 de janeiro de 2011

Vidraceiro conta como socorreu mulher da enxurrada com uma corda

marcante foi exibida em TVs e sites do exterior.

Glauco Araújo Do G1 RJ, em São José do Vale do Rio Preto
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Na manhã de quarta-feira (12), uma atitude de coragem e solidariedade marcou positivamente a tragédia das chuvas em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Um dos responsáveis por resgatar dona Ilair Pereira de Souza, 53 anos, que estava em uma casa prestes a desmoronar é o vidraceiro Gilberto Branco Faraco, 23 anos. Ele e Daniel Lopes aparecem nas imagens que correram o mundo e foram exibidas no site do jornal "The New York Times" e na rede de TV CNN, entre outros.



O resgate

No vídeo, Daniel aparece de camiseta amarela. Gilberto aparece nos instantes finais, de camiseta branca. Ele está recolhido na casa de um tio, em Queiroz, e quer evitar dar entrevistas para tentar apagar a imagem de que tenha sido um herói, mas concordou em falar ao G1 sobre o salvamento. O jovem revelou a sensação de resgatar uma pessoa em meio a tantas mortes provocadas pela enxurrada daquela fatídica quarta-feira. (Ao lado, você pode ver a íntegra da gravação feita pelo cinegrafista Rogério de Paula, da InterTV, afiliada da Rede Globo).



“Não sou herói. Herói não existe. Foi coisa de Deus mesmo. O herói foi ‘Ele’. A gente só foi a ferramenta usada por ‘Ele’”.



Gilberto reencontrou dona Ilair na tarde desta sexta-feira (14), quando voltou ao apartamento onde morava para pegar alguns objetos pessoais. “Ela me agradeceu muito, mas o que vale mesmo é que pudemos ajudar uma pessoa. Estamos aqui para isso. Foi tudo muito rápido. Tudo conspirou para dar certo. Quando a reencontrei, fiquei feliz porque vi que ela tinha voltado a sorrir.”



O vidraceiro disse que só teve tempo de ouvir o pedido de socorro de Ilair. “Ela estava sob o telhado e não tinha como vermos onde ela estava ao certo. Pegamos a primeira corda, com uma cadeirinha de pintor, daquelas usadas em escalada, e jogamos, mas a cadeirinha ficou presa. Corremos para pegar uma segunda corda, que segurava o andaime e jogamos para ela. Eu tentei umas três vezes e o Daniel outras três vezes até acertarmos onde ela estava.”

Sem tempo para pensar
Gilberto disse que a operação de resgate durou entre 5 e 10 minutos. “Não dava tempo para pensar muito. Foi um desespero só. O Daniel foi muito importante e inteligente no salvamento, porque ficou puxando ela para cima. Ele foi muito forte para fazer o que fez, pois ainda tomou cuidado para que a corda, com o peso de dona Ilair, pudesse se cortar com o atrito na grade do prédio onde estávamos.”

Ele revelou que ficou segurando uma das pontas da corda, escorando com o corpo atrás de uma pilastra do prédio. “Tinha de fazer isso para não deixar que a corda cedesse. Outras pessoas também ajudaram, como o Juan, a Miriam, que é a mãe dele, o Ronan e minha namorada (Gabriela Machado Rampini). Foi uma soma de esforços.”
vidraceiro GilbertoGilberto mostra como segurou a corda para
resgatar dona Ilair.



Apesar de ter corrido o mundo, as imagens do salvamento ainda não chegaram aos olhos de Gilberto. “Ainda não vi a cena da gente tirando ela da água e puxando para o prédio. Só lembro do que aconteceu, mas ainda não vi o vídeo. Estou sem energia e internet na casa de meu tio desde aquele dia. Não tenho nem ideia direito do que aconteceu na região com essa chuva.”

Gilberto lembrou dos momentos de susto que passou durante o salvamento de Ilair por causa da força da água. “O prédio chegou a balançar todas as vezes que uma pedra, uma árvore, um caminhão ou um carro batiam na parede do prédio. Cheguei a pensar que todos poderiam cair com o prédio.”

Sono perturbador
A primeira noite de sono após aquela quarta-feira foi diferente para Gilberto. “Foi um sono perturbador, mas ao mesmo tempo tive a sensação do dever cumprido, de que fiz uma coisa boa para alguém. Mas não me considero um herói. Só seria herói se tivesse salvado todas as pessoas que caíram na água, mas muita gente morreu naquele dia.”

Depois de içar dona Ilair para o topo do prédio, Gilberto contou como foram os primeiros instantes depois de encerrar o salvamento. “Foi um silêncio absoluto. Ela (Ilair) entrou em estado de choque. Ela não falava nada e ficava olhando para os lados, girando a cabeça, meio que querendo entender onde estava e o que tinha acontecido. Todos olhavam para ela.”

Gilberto trabalha como vidraceiro há 6 anos em São José do Vale do Rio Preto. Antes, ele trabalhou com o pai, na funerária dele, durante 4 anos. “Acho que, se eu não tivesse conseguido salvá-la, iriam falar que era por ter trabalhado em funerária. Por sorte deu tudo certo”, brincou o jovem.

“A gente passou um aperto danado, mas não perdi tudo. Dona Ilair perdeu tudo, é carente e vai precisar de ajuda para recomeçar a vida”, disse o vidraceiro.

Entrevista
Na quinta-feira (13), dona Ilair deu entrevista ao G1. Leia a seguir o texto:

“Eu pensei que ia morrer, mas pedi, pelo amor de Deus, que meus vizinhos não me deixassem morrer ali”. Foi dessa maneira e com os olhos mareados que a dona de casa Ilair Pereira de Souza, 53 anos, resumiu os momentos de pavor que passou pendurada em uma corda ao ser socorrida por vizinhos na enxurrada em São José do Vale do Rio Preto.

“Nunca tinha feito um nó em corda na minha vida. Quando jogaram a corda, me amarrei rapidinho que nem sei como fiz aquele nó. Estava com tanto medo que o nó fosse fraco que me agarrei como nunca na corda”, disse Ilair.

Saiba como ajudar os desabrigados da chuva na Região Serrana do Rio

Prefeitura de Teresópolis criou conta bancária para receber doações.
Supermercados, abrigos e postos da PRF também aceitam donativos.

Situaçao em Friburgo após a chuva é caótica

Chuvas destruíram casas no Rio de Janeiro

Postos rodoviários, supermercados e abrigos estão recebendo donativos para ajudar as vítimas da chuva na Região Serrana do Rio. Os desabrigados e desalojados precisam de doações de água potável, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal, como sabonete, pasta de dente e fralda descartável.

Para doar sangue
O HemoRio montou um esquema especial de atendimento. Para doar é preciso estar bem de saúde, ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 kg. Não é necessário estar em jejum. A única recomendação é evitar alimentos gordurosos antes da coleta. Interessados devem se apresentar com um documento de identidade. Quem preferir, pode agendar um horário para fazer a doação no telefone 0800 282-0708. O HemoRio fica na Rua Frei Caneca 8, no Centro, e funciona de segunda a domingo, das 7h às 18h.

Contas para doações em dinheiro

A Prefeitura de Teresópolis disponibilizou uma conta corrente no Banco do Brasil para receber doações e ajudar as famílias atingidas pelo temporal. Com o nome “SOS Teresópolis – Donativos”, a conta corrente é número 110000-9, na Agência 0741-2. Há também a conta 2011-1, Agência 4146, da Caixa Econômica Federal. O CNPJ da Prefeitura é número 29.138.369/0001-47. Outras contas:

Prefeitura de Nova Friburgo
Banco: Banco do Brasil
Agência: 0335-2
Conta: 120.000-3

Defesa Civil – RJ
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 0199
Operação: 006
Conta: 2011-0

Fundo Estadual de Assistência Social do Estado do Rio de Janeiro
CNPJ 02932524/0001-46
Banco: Itaú
Agência: 5673
Conta: 00594-7

Campanha SOS Sudeste (CNBB e Cáritas Brasileira)
Banco: Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação: 003
Conta: 1490-8

ou

Banco: Banco do Brasil
Agência: 3475-4
Conta: 32.000-5

Postos para doações

Teresópolis
Em Teresópolis foi montado um outro posto para receber donativos. As contribuições podem ser levadas para o Ginásio Pedrão, onde foi montado um abrigo de ajuda às vítimas. O local fica na Rua Tenente Luiz Meirelles 211, no bairro Várzea, no centro da cidade.

Petrópolis
Foram montados três postos para doação de água, colchão e material de limpeza e higiene na região de Itaipava: na Igreja Wesleyana, no Vale do Cuiabá; na Igreja de Santa Luzia, na Estrada das Arcas; e no centro de Petrópolis, na sede da Secretaria de Trabalho, Ação Social e Cidadania (R. Aureliano Coutinho, número 81).


Museu Imperial
O Museu Imperial montou um posto de coleta de donativos. Além disso, os visitantes poem opatar por pagar a entrada com uma doação diretamente na bilheteria. O item de maior urgência é água potável, que pode ser trocada pelo ingresso com uma doação de, no mínimo, 1,5 litro. Também são recebidos itens de higiene pessoal, roupas, alimentos não perecíveis, roupa de cama, cobertores, colchonetes e toalhas. O ponto de coleta do museu é no prédio da biblioteca, no saguão em frente à sala multimídia, com acesso pelo bosque do imperador (praça do Cenip). Para trocas de doações por ingressos, os visitantes devem se dirigir diretamente à bilheteria.

Polícia Militar
Todos os batalhões da PM do Rio de Janeiro vão receber doações a partir desta quinta-feira (13). Os comandantes dos batalhões recomendam a doação de água mineral, alimentos não perecíveis e material de higiene pessoal.

Em São Paulo, todos os batalhões da Capital e do interior receberão alimentos não perecíveis, roupas, lençóis, cobertores, colchões, colchonetes, materiais de limpeza e higiene, água potável e remédios.

Rodoviária
A Rodoviária Novo Rio recebe doações para a Cruz Vermelha. Os donativos serão recebidos no piso de embarque inferior, das 9h às 17h.

Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha está cadastrando voluntários para ajudar na triagem do material arrecadado para vítimas das chuvas na Região Serrana. Quem quiser colaborar deve procurar a sede da entidade no Rio, na Praça da Cruz Vermelha 10, no Centro.

Segundo o presidente da filial Rio, Luiz Alberto Lemos Sampaio, o mais importante agora é coletar alimentos não perecíveis, água, leite, além de roupa de cama e banho. Os donativos podem ser entregues no posto instalado na Rodoviária Novo Rio, na sede da Cruz Vermelha e nos quartéis do Corpo de Bombeiros.

Estádios
A Secretaria estadual de Esporte e Lazer montou uma rede de solidariedade. Os estádios do Maracanãzinho e Caio Martins (em Niterói) recolhem doações. As contribuições podem ser: garrafas de água potável, fraldas, material de higiene pessoal, colchonetes, alimentos não perecíveis, roupas e agasalhos. O Maracanãzinho recebe doações das 8h às 20h - Entrada pelo portão 12A. No Caio Martinns, o horário é o mesmo e a entrada é pelo portão principal na Avenida Roberto Silveira, em Icaraí.

Viva Rio

O Programa de Voluntariado do Viva Rio também iniciou uma campanha de arrecadação de roupas e mantimentos para a região serrana do Rio de Janeiro, especialmente Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Para ajudar, basta fazer a doação na sede do Viva Rio (Rua do Russel, 76, Glória) ou através de depósito bancário na conta do Viva Rio, no Banco do Brasil, agência 1769-8, conta-corrente 411396-9 e CNPJ: 00343941/0001-28. Para mais informações o Viva Rio disponibiliza os telefones (21) 2555-3750 e (21) 2555-3785.

A ONG também estará recebendo donativos em todas as unidades das Lojas Americanas no Rio e nas estações do metrô de General Osório, Siqueira Campos, Botafogo, Carioca, Glória, Largo do Machado, Catete, Central do Brasil, Saens Peña, Nova América e Pavuna

Postos em supermercados
O grupo de supermercados Pão de Açúcar montou postos de arrecadação em todas as 100 lojas da rede no estado do Rio. As doações podem ser feitas nos estabelecimentos Pão de Açúcar, ABC Compre Bem, Sendas , Extra Supermercados e Assaí. De acordo com o grupo, os donativos serão entregues até 26 de janeiro.

O supermercado Zona Sul também aceita doações durante o mês de janeiro em sua unidade Mega Box, localizada na Av. Brasil, 9.561 – Olaria. Quem quiser participar poderá contribuir com alimentos não perecíveis, roupas, sapatos, colchonetes, cobertores ou produtos de higiene. O Mega Box funciona de segunda a sexta, das 7h30m às 21h, e nos domingos e feriados, das 8h às 14h.

Rodovias
A Polícia Rodoviária Federal recebe doações nos seus 25 postos ao longo de 1.400 km de rodovias federais fluminsenses. Quem quiser colaborar pode ligar para o telefone 191 da PRF, que funciona 24h, e saber onde fica o ponto mais próximo de sua casa. Os donativos serão repassados à Cruz Vermelha.

A Concessionária Rio-Teresópolis (CRT) está recebendo doações de garrafas de água potável, remédios, alimentos não perecíveis, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal como sabonete, pasta de dente e fralda descartável, nas cabines da Praça de Pedágio no km-133,5 da Rio-Teresópolis-Além Paraíba (BR-116/RJ), em Piabetá. Para grandes quantidades, os doadores devem dirigir-se ao Centro de Atendimento ao Usuário, que fica na pista sentido Rio a 300 metros da praça de pedágio.

Outros estados: .todos os 270 postos de fiscalização da PRF nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste também funcionam como pontos de coleta de doações. De forma rápida e sem burocracia, o cidadão que quiser ajudar os desabrigados pelas chuvas na região Sudeste poderá doar alimentos não-perecíveis em qualquer unidade física da PRF instalada em 32 mil quilômetros de rodovias federais. A Polícia Rodoviária Federal não fará coleta de peças de vestuário nem de material de limpeza. Outro ponto que precisa ser observado é a data de validade dos alimentos. Não devem ser encaminhados à PRF donativos que vencerão antes de 30 dias.

BR-101
Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR-101 Norte também abriu postos para o recolhimento de doações, na sede administrativa, da empresa, no KM 313, em São Gonçalo, na Região Metropolitano e na sede da Latina Manutenção, no Km 206, em Casimiro de Abreu .

Praça de pedágio:
Km 40 – Campos dos Goytacazes
Km 123 – Campos dos Goytacazes
Km 192 – Casimiro de Abreu
Km 252 – Rio Bonito
Km 299 – São Gonçalo

Bases operacionais:
Km 40 – Campos dos Goytacazes
Km 123 – Campos dos Goytacazes
Km 163 – Macaé
Km 235 – Silva Jardim
Km 282 – Itaboraí
Km 299 – São Gonçalo
Km 319 – Niterói

RJ-116
As quatro praças de pedágio da RJ-116 vão arrecadar donativos. Os locais são Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo e Macuco. A Rota 116, que administra a via, está usando veículos da empresa para levar o material até as cidades atingidas.

MP
O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro recebe doações na portaria do edifício-sede, na Av. Marechal Câmara, 370, no centro do Rio, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

Inea
A sede do Instituto Estadual do Ambiente recebe doações de alimentos não perecíveis, colchonete, material de higiene e limpeza, sobretudo fraldas, e principalmente água. O endereço é Av. Venezuela, 110, Praça Mauá - centro do Rio.

Salgueiro
A escola de samba arrecada alimentos não perecíveis, água, roupas e cobertores. As doações podem ser levadas à quadra da escola, que fica na Rua Silva Teles, 104, no Andaraí.

Tijuca Tênis Clube
A sede do clube recebe doações. O endereço é Rua Conde do Bonfim, 451 -- Tijuca. IInformações pelo telefone: 3294-9300.

AMaLeblon
A Associação de Moradores do Leblon criou um posto de coleta de donativos, que podem ser entregues no 23º Batalhão, localizado na Av. Bartolomeu Mitre.

Estações do metrô
O Metrô Rio vai disponibilizar a partir de sexta-feira (14), pontos de arrecadação em 11 estações nas linhas 1 e 2. Água, alimentos e produtos de higiene pessoal podem ser doados nas estações Carioca, Central, Largo do Machado, Catete, Glória, Ipanema/General Osório, Pavuna, Saens Peña, Botafogo, Nova América/Del Castilho e Siqueira Campos.

Flamengo
A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, anunciou que o clube também receberá, na sede da Gávea, donativos para desabrigados pelas chuvas na Região Serrana.

FIA
A Fundação da Infância e Adolescência abriu dois postos de doação: Rua Voluntários da Pátria, 120, Botafogo e Rua General Castrioto, 589, Barreto, em Niterói. Desde ontem (12) a entidade enviou 60 toneladas de alimentos e dois mil colchões para a região.

Shoppings também vão receber donativos
Bangu Shopping
- Rua Fonseca, 240 - Bangu. Tel.: 2430-5130.
Carioca Shopping - Av. Vicente de Carvalho, 909 - Vila da Penha. Tel.: 2430-5120.
Caxias Shopping - Rodovia Washington Luiz, 2895, Duque de Caxias. Tel: 2430-5110
Passeio Shopping - Rua Viúva Dantas 100 - Campo Grande. Tel.: 2414-0003.
Santa Cruz Shopping - Rua Felipe Cardoso 540 - Santa Cruz. Tel.: 2418-9400.
Shopping Grande Rio - Rodovia Presidente Dutra, 4.200 - São João de Meriti. Tel.: 2430-5111
Via Parque Shopping - Av. Ayrton Senna, 3.000 - Barra da Tijuca. Tel.: 2430-5100.
Shopping Leblon - Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - Leblon. Tel.: 2430-5122.Boulevard Shopping São Gonçalo - doações no 1o andar do estabelecimento.
Center Shopping Rio - Avenida Geremário Dantas, 404 - Jacarepaguá
Fashion Mall - Estrada da Gávea, 899 - São Conrado.
Ilha Plaza - Av. Maestro Paulo e Silva, 400 - Ilha do Governador
NorteShopping - Av. Dom Hélder Câmara, 5474 - Cachambi
Plaza Shopping - Rua XV de Novembro, 8 - Centro, Niterói.
Rio Plaza Shopping - Rua General Severiano, 97 - Botafogo
Recreio Shopping - Av. das Américas, 19.019 - Recreio dos Bandeirantes
Shopping Tijuca - Av. Maracanã, 987 – Tijuca
West Shopping - Estrada do Mendanha, 555 - Campo Grande

Arquidiocese envia R$ 40 mil para a região
A Cáritas Arquidiocesana do Rio recebe doações em dinheiro em duas contas: Bradesco, Agência 0814-1, conta corrente 48500-4 e Banco do Brasil, Agência 3114-3, conta corrente 30000-4. Doações em espécie podem ser deixadas na Catedral de São Sebastião (Avenida Chile 245, no Centro). Haverá pontos de recolhimento na Cáritas e também na entrada da igreja, de 9h às 18h.

Ponte Rio-Niterói
A concessionária que administra a Ponte Rio-Niterói colocou um container para receber doações junto à praça de pedágio, à direita de quem segue no sentido Niterói. Mais informações: (21) 2620-9333.

Sesc, Senac e Fecomércio
As unidades do Sesc Rio e Senac Rio e a sede do Sistema Fecomércio-RJ estão coletando água mineral, alimento não perecível, roupas de cama e banho, material de limpeza e de higiene pessoal e colchões para as vítimas das enchentes na região serrana. As unidades do Sesc receberão as doações de terça a domingo, das 9h às 17h. Os pontos de coleta são:

Sede do Sistema Fecomércio-RJ - Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo, de segunda a sexta, das 9h às 18h
Sesc Copacabana
– Rua Domingos Ferreira, 160
SescTijuca
– Rua Barão de Mesquita, 539
Sesc Ramos
– Rua Teixeira Franco, 38
Sesc Madureira
– Rua Ewbanck da Câmara , 90
Sesc São Gonçalo
– Avenida Presidente Kennedy, 755
Sesc Niterói
– Rua Padre Anchieta, 56 – Centro
Sesc São João de Meriti
– Avenida Automóvel Clube, 66 –
Sesc Nova Iguaçu
– Rua Dom Adriano Hipólito, 10 – Moquetá
Sesc Teresópolis
– Av. Delfim Moreira, 749 – Centro
Sesc Quitandinha (Petrópolis)
– Avenida Joaquim Rolla, 2 – Quitandinha


Unidades Senac Rio:
Horários de coleta das 9h às 19h, de segunda a sexta. Aos sábados, das 9h às 12h.
Niterói
– Rua Almirante Teffé, 680 – Centro
Copacabana
– Rua Pompeu Loureiro, 45
Marapendi
– Avenida das Américas, 3959 – Barra da Tijuca
Faculdade Senac Rio
– Rua Santa Luzia, 735 – Centro
Botafogo
– Rua Bambina, 107

Sesi e Senai
O Sesi iniciou campanha de arrecadação de donativos para as vítimas das chuvas na Região Serrana, instalando postos de coletas e suas unidades no estado. O horário de funcionamento é das 8h às 17. Veja os endereços:
Sesi - Barra do Piraí
- Av. Mário Salgueiro, 1.065 - Bairro Belvedere - Barra do Piraí
Senai - Barra do Piraí
- Rua Alan Kardeck, s/nº - Muqueca - Barra do Piraí
Sesi - Barra Mansa
- Av. Dário Aragão, 2 - Centro - Barra Mansa
Senai - Barra Mansa
- Rua Senhor do Bonfim, 130 - Saudade - Barra Mansa
Sesi/Senai Benfica
- Praça Natividade Saldanha, 19 - Benfica. Tel.: (21) 2587-4800
Senai - Campos
- Rua Bruno de Azevedo, 37 - Pq. Tamandaré Campos dos Goytacazes
Sesi - Campos
- Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862 - Guarus – Campos dos Goytacazes
Sesi/Senai
- Cinelândia - Rua Santa Luzia, 685 - 5º andar - Centro - Rio de Janeiro
SesiI - Duque de Caxias - Rua Artur Neiva, 100 - Bairro 25 de Agosto - Duque de Caxias
Senai - Duque de Caxias
- Rua Arthur Goulart, 124 - Centro - Duque de Caxias
Sesi - Honório
- Rua Loreto do Couto, 673 – Honório Gurgel
Sesi - Itaperuna
- Av. Dep. José de Cerqueira Garcia, 883 - Bairro Presidente Costa e Silva - Itaperuna
Senai - Itaperuna
- Av. Zulamith Bittencourt, 190 – 1º e 2º andar - Cidade Nova – Itaperuna
Sesi - Jacarepaguá
- Av. Geremário Dantas, 342 - Tanque - Jacarepaguá - Tel.: (21) 3382-9999/9950
Senai - Jacarepaguá
- Av. Geremário Dantas, 940 – Freguesia – Jacarepaguá
Sesi/Senai - Laranjeiras
- Rua Esteves Júnior, 47 - Laranjeiras e Rua Ipiranga, 75 - Laranjeiras
Sesi - Macaé
- Alameda Etelvino Gomes, 155 - Riviera Fluminense - Macaé
Senai - Macaé
- Av. Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, 70 - Novo Cavaleiro - Macaé
Senai - Maracanã
- Rua São Francisco Xavier, 417 – Maracanã
Senai - Mendes
- Rua Professor Paulo Sérgio Nader Pereira, nº 250 - Centro - Mendes
Senai - Niterói
- Rua General Castrioto, 460 - Barreto - Niterói
Sesi/Senai - Nova Iguaçu
- Rua Gerson Chernicharo, s/nº - Bairro da Luz - Nova Iguaçu
Sesi - Petrópolis
- Av. Barão do Rio Branco, 2.564 - Centro - Petrópolis
Senai - Petrópolis
- Rua Bingen, 130 - Bingen - Petrópolis
Sesi - Resende
- Rua Marcílio Dias, 468 - Jardim Jalisco - Resende
Senai - Resende - Rua Sarquis José Sarquis, 156 - Jardim Jalisco - Resende
Sesi/Senai – Santa Cruz
- Rua Felipe Cardoso, 713 – Santa Cruz
Senai -Solda
- Rua São Francisco Xavier, 601 - Maracanã - Tel.: (21) 3978-8700
Sesi/Senai - Tijuca
- Rua Morais e Silva, nº 53 - Tijuca - Rio de Janeiro
Sesi/Senai - Vicente de Carvalho - Av. Pastor Martin Luther King Jr. (antiga Av. Automóvel Clube), 6475 - Vicente de Carvalho - Rio de Janeiro
Sesi/Senai - São Gonçalo
- Rua Nilo Peçanha, 134 – Centro - São Gonçalo
Sesi - Três Rios
- Av. Tenente Enéas Torno, s/no Margem Esquerda - Centro - Três Rios
Senai - Três Rios - Rua Izaltino de Oliveira, 90 - Centro - Três Rios
Sesi/Senai - Santo Antônio de Pádua
- Av. João Jazbik, S/N - Bairro 17 - Santo Antonio de Pádua
Senai - Valença
- Rua Comendador Araújo Leite, 320 - Valença - Rio de Janeiro
Senai - Vassouras
- Rua Nilo Peçanha, 85 - Vassouras - Rio de Janeiro
Sesi - Volta Redonda
- Avenida Lucas Evangelista, 595 - Aterrado - Volta Redonda
Senai - Volta Redonda
- Rua Nicanor Teixeira de Carvalho, 1 - Barreira Cravo - Volta Redonda

Espaços culturais
A Secretaria de Estado de Cultura (SEC) e os espaços culturais do governo recebem doações para vítimas das chuvas. Nos teatros, o horário para doação é o do respectivo espetáculo. São estes os espaços da SEC para doações:

Biblioteca Parque de Manguinhos - Avenida Dom Helder Camara, 1184 - Tel.: (21) 22348915 e (21) 22348917 - De terça a domingo - das 9h às 20h
Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira - Rua Lopes Trovão, s/nº - Campo de São Bento – Niterói - Tel: 3719-8385 - De segunda a sexta, das 9h às 17h
Casa de Cultura Laura Alvim - Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema - Tel: 2332-2015 - De terça a domingo, das 13h às 21h
Casa de Oliveira Viana - Alameda São Boaventura, 41 – Fonseca – Niterói - Tel: 3601-8220
De terça a sexta, das 10h às 17h
Escola de Artes Visuais do Parque Lage - Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico
- Tel.: 3257 1800 - Diariamente, das 10h às 17h.
Museu Carmem Miranda - Av. Rui Barbosa, s/nº - Parque do Flamengo - Tel: 2334-4293 - De segunda a sexta, das 10h às 17h. Sábados e feriados, das 13h às 17h
Museu do Primeiro Reinado - Av. Pedro II, 293 – São Cristóvão - Telefax: 2332-4513 / 4514 / 4512 - De terça a sexta, das 10h às 17h
Museu do Ingá - Rua Presidente Pedreira, 78 – Ingá – Niterói - Tel: 2717-2903 / 2919 / 2790 / 2893 - De terça a sexta, das 11h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h
Casa França-Brasil - Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro - Tel; 2332-5120 / 5121
De terça a domingo, das 10h às 20h
Museu da Imagem e do Som - Rua Rui Barbosa, 1 – Centro - Tel: : 2332-9068 / 2332-9067
De segunda a sexta, das 11h às 17h
Theatro Municipal do Rio de Janeiro - Avenida Almirante Barroso, 14/16 - Centro - De segunda a sexta, de meio-dia às 18h
Teatro João Caetano - Praça Tiradentes, s/nº - Centro - Tel: 2332-9166
Teatro Armando Gonzaga - Av. Gal. Oswaldo Cordeiro de Farias, 511 – Marechal Hermes - Tel: 2332-1040
Teatro Arthur Azevedo - Rua Victor Alves, 454 – Campo Grande -Tel: 2332-7516
Teatro Glaucio Gill - Praça Cardeal Arcoverde, s/nº - Copacabana - Tel: 2332-7904
Escola de Música Villa-Lobos - Rua Ramalho Ortigão, 9 – Centro - Tel: 2232-6405 / 2224-2116 - De segunda a sexta, das 9h às 19h

Parada Solidária
Os sindicadtos e empresas de transporte do também montaram postos para receber doações para as vítimas da tragédia da Região Serrana, no Rio, na Baixada Fluminense , em Niterói e em Petrópolis. Foram colocados ônibus para recolher alimentos, roupas, colchonetes e água. Veja onde os ônibus estarão posicionados, do dia 14 ao dia 21, das 8h às 20h.

No Rio:
Largo da Carioca, Centro
Cinelândia (a partir de 2ª feira, dia 17, em frente à Câmara dos Vereadores)
Terminal Alvorada, Barra da Tijuca (a coleta não será feita em ônibus, mas na Administração)
Ilha do Governador – sede da Sub-Prefeitura em frente ao posto RioCard
Praça General Osório, Ipanema (a partir de sábado, dia 15)

Em Duque de Caxias e Magé:

Terminal Rodoviário Plínio Casado, Duque de Caxias
Terminal Rodoviário do Shopping Center, Duque de Caxias
Rodoviária de Piabetá, Magé
Praça da Prefeitura de Magé

Em Niterói
Terminal João Goulart (em frente ao posto do Setrerj)

Em Petrópolis
Sede do Setranspetro – Rua do Imperador, 100 - Centro


‘Meu bebê de 9 meses está sem enxoval’, diz mãe que perdeu casa

Sirlene do Carmo disse ter corrido com quatro filhos nos braços, em Areal.
Ela espera poder viver com a família em uma casa novamente.
‘Meu bebê de 9 meses está sem enxoval’, disse mãe que perdeu casa em Areal

Sirlene rodeada pelos filhos e pelo sobrinho

A doméstica Sirlene do Carmo Herculano, de 31 anos, perdeu a casa onde morava, na Rua Amazonas, em Areal, na Região Serrana do Rio de Janeiro, durante a enxurrada de quarta-feira (12). Ela conseguiu escapar com os quatro filhos nos braços, um deles um bebê de 9 meses.

“Foi tudo muito rápido. Quando demos conta, a água estava muito alta. Só deu tempo de pegar minhas crianças pelo braço e sair correndo daquela água”, disse Sirlene.

Ela se dividia entre cuidar da sala de aula, que agora é sua casa, enquanto amamentava o bebê.

“Por sorte ele ainda está só amamentando e isso eu posso dar para ele. O enxoval que tinha comprado para ele foi embora com a água. O que ele está usando é tudo de doação”, afirmou Sirlene.

Único local com sinal de celular vira ponto de encontro em cidade na Serra


Felipe usa o celular em único ponto com sinal em São José do Vale do Rio Preto

Felipe usa o celular em único ponto com sinal em São José do Vale do Rio Preto


Leandro no alto de São José do Vale do Rio Preto para falar ao celular

Leandro faz parada no 'banquinho' para falar ao
celular

Sem luz e telefone
Sem energia elétrica e serviço de telefonia fixa e celular desde segunda-feira (10), os moradores do bairro Santa Fé, em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro, descobriram um único local na cidade, na Estrada da Glória, onde é possível conseguir sinal de telefonia móvel.

Mas a alegria deles é parcial, pois apenas uma operadora pega no local, a Vivo. “Aqui virou ponto de encontro. Todos agora chamam esse lugar de ‘banquinho’. Toda hora tem gente aqui”, disse o estudante Felipe Souza Quinta, 16 anos, que foi ao ponto de encontro com a família para falar com a irmã, que mora em Petrópolis, nesta sexta-feira (14).

Sinal em São José do Vale do Rio Preto

Eletricista mostra a mensagem que recebeu do
alto da cidade

Segundo ele, as ligações são curtas, pois o pouco de sinal que existe no lugar é fraco e falha bastante. “Venho aqui duas vezes por dia para dizer que está tudo bem. Alguém, que não sei quem é, descobriu que celular pega aqui. Acho que deve ser algum morador que veio ver a cheia do rio e o telefone tocou sem ele esperar. Depois disso, divulgaram até na rádio, como prestação de serviço”.

O eletricista Leandro Domingos Gomes, 34 anos, fez uma parada no “banquinho” para tentar comprar um gerador. “Só descobri esse lugar aqui na quinta-feira (13), mas já era tarde demais. Estou precisando comprar um gerador, pois estamos sem energia em casa, mas todas as lojas para onde eu consegui ligar já tinham vendido tudo.”

Gomes disse que se surpreendeu com a quantidade de mensagens que passou a receber em seu celular, a maioria de remetentes desconhecidos. “São pessoas, que nunca vi e conheci antes, que perguntam se eu vi o pai delas e pedem notícia sobre parentes. A maioria das pessoas que eles procuram eu não conheço.”

Ele afirmou que, por solidariedade, responde a todas as mensagens que recebe. “Se essas pessoas estão mandando as mensagens para mim é porque alguém, que me conhece e sabe onde moro, passou o número de meu celular para elas. Não custa nada responder a essas pessoas”.

Mesmo sendo o único local onde se consegue falar pelo celular, a área do sinal é pequena e exige alguns cuidados do usuário de telefone. É preciso ficar imóvel durante a ligação e fazer as ligações e uma área de aproximadamente 10 m², entre um poste de iluminação, uma lixeira e o banco, que originou o apelido do endereço. Se a ligação falhar, resta contemplar a bela vista que se tem do ponto.

Governador do Rio decreta luto de 7 dias pela maior tragédia natural do país

Trabalhos de busca foram retomados na manhã deste sábado (15). Número de mortos na Região Serrana já passa de 540

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decretou luto oficial no estado por sete dias, pelas vítimas das chuvas na Região Serrana do estado. O decreto, assinado na sexta-feira (14), entra em vigor na próxima segunda (17), quando será publicado no diário oficial.

Os trabalhos de buscas foram retomados em Teresópolis e Petrópolis na manhã deste sábado (15). As equipes precisaram suspender os trabalhos no período da noite por falta de energia no local. Sem esse problema, as equipes que atuam em Nova Friburgo seguiram buscando corpos e moradores a serem resgatados ao longo da madrugada.


Em Teresópolis, segundo a Defesa Civil, as primeiras equipes seguiram para as localidades de Santa Rita e Santana. Já em Petrópolis, a prioridade ainda é a região do Vale do Cuiabá, onde ainda há áreas isoladas.

Desde terça-feira, as chuvas já mataram mais de 540 pessoas. Em São José do Vale do Rio Preto sete famílias ficaram mais de 60 horas à espera de socorro, segundo o Corpo de Bombeiros.

Responsável pela produção de 70% das hortaliças no estado do Rio de Janeiro, o município de Teresópolis perdeu 80% das plantações com as chuvas dos últimos dias. Segundo o secretário de Agricultura da cidade, Fernando Mendes, a produção está comprometida. O prejuízo ainda está sendo calculado e ainda não há uma estimativa de quanto tempo será necessário para recuperar as áreas e retomar a produção.

Outros dois municípios também tiveram áreas devastadas: Bom Jardim e Areal, onde a Defesa Civil acredita que possa haver vítimas fatais nessas cidades.

Áreas ficaram isoladas após as tempestades dos últimos dias. Em São José do Vale do Rio Preto, sete famílias ficaram mais de 60 horas à espera de socorro, segundo o Corpo de Bombeiros.

Cansado de esperar pelo resgate de corpos, moradores de algumas comunidades de Teresópolis enterraram parentes em covas improvisadas.

Estradas e energia

Estradas voltaram a ser interditadas na Região Serrana. Uma queda de barreira interditou na sexta-feira a estrada que liga Itaipava à Teresópolis. Motoristas que seguem para Teresópolis estão sendo orientados pela Polícia Militar a retornar para a estrada Rio-Magé.

Mais de 40 mil pessoas seguem sem energia elétrica na Região Serrana. Problema maior é em Nova Friburgo, onde 25 mil pessoas estão sem luz. Na cidade também falta água em 50% das casas. saiba mais

Maior tragédia da história

Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril.

Em SP, durante o primeiro trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes. Relembre outras tragédias.

Após resgate, jardineiro deixa corpos de pai e madrasta na beira da estrada

Parentes de Odair da Silva morreram soterrados após chuvas em Friburgo. Número de mortes passa de 500 na Região Serrana deste terça (11).

Sem a ajuda do Corpo de Bombeiros, o jardineiro Odair da Silva resgatou os corpos do pai e da madrasta que estavam soterrados na comunidade de Pilões, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Os dois estão entre os mais de 540 mortos das chuvas que atingiram a região nos últimos dias. Na sexta-feira (14), Odair contou que o resgate foi uma tarefa difícil.

“Caiu a casa dele. Caiu a ribanceira e levou tudo. Ele (pai) estava debaixo de três árvores e a minha madrasta estava enrolada no colchão. Chegamos lá e ‘cavemos’, tiramos ele debaixo do barro”, disse o jardineiro.

Odair disse que deixou os corpos na beira da estrada após o resgate. "Tá lá, meu pai e minha madrasta, tudo na beira da estrada. Conseguimos colocar lá na beira da estrada, mas já faz três dias que não consigo ir lá buscar eles”, contou ele, que não teve a casa destrúida, mas viu todo o terreno em torno de sua residência ceder com a força da água.


Ainda de acordo com o jardineiro, as equipes de salvamento do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do município ainda não chegaram ao local do desastre, que é de difícil acesso: "Tá faltando resgate. Só consegue assim por meio de helicóptero ou canoas", afirmou ele, que completou: "Já pedi a ajuda aos bombeiros, mas só que eles não tão dando conta de socorrer as pessoas. Muita pessoa machucada, muita pessoa morta".


Maior tragédia climática do país
O número de mortos após as chuvas na Região Serrana inclui vítimas nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro. Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.

No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio de Janeiro e outras cidades atingidas por temporais em abril.

Em SP, durante o primeiro trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes. Relembre outras tragédias.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou na sexta, após a primeira reunião ministerial do atual governo, que a presidente Dilma Rousseff decidiu adotar três medidas para atender aos municípios atingidos pelas chuvas no Rio. Entre as medidas, está a liberação de R$ 100 milhões - metade desse valor, de imediato - para oito municípios fluminenses mais afetados pelas enchentes.

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